quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Não sei o que dizer …

Em-oração

Eu nunca acreditei muito nessas “coisas” de fim do mundo e tal. Contudo, sou obrigada a me retratar!

Tanques, fuzis, policiais, bombas, exército nas ruas do Rio de Janeiro. População em pânico, e com razão!

Bombas, tiroteio … é uma guerra civil!

Estou assustada mesmo! Amigos e namorado lá!

Dá uma vontade de toda hora ligar e saber como estão as coisas mas não posso …

Me peguei pensando se, realmente, não foi providencial as olimpíadas e a Copa do Mundo virem para o Brasil nos próximos anos.

Nunca vi a população reagir desta maneira, o exército ser colocado nas ruas tão rapidamente, quiçá os policiais internos colocados em patrulhamento nas ruas …

Há de convir que isto só foi feito, assim de pronto, para que a cidade não ficasse tão mal na fita no cenário internacional.

E funcionou!

Vamos rezar para que consigam exterminar essas ervas daninhas da sociedade! É muita gente em vida grande expiação aglomerada num local só!

Bem gostaria poder ter acesso a algum artigo ou livro espírita que desse um esclarecimento sobre isto …

Enquanto isto, rezemos!

domingo, 7 de novembro de 2010

Quem muito abaixa …

… acaba mostrando a bunda! Como diria minha avó!

instrucoes

E acabo de ver que é isto que tenho feito. Antes que mostre minha bunda de graça aos outros vou é ficar quieta!

J.P. tem achado lindo ignorar minhas ligações, conversar comigo como se uma estranha fosse, sempre estar ocupado ou com sono.

Bah! Eu como uma boba ligo, procuro, sou carinhosa …

Cheguei ao cúmulo de ouvir que não tive atenção no dia em que estive internada porque estava no estúdio tocando! Caraca!!!!

Dois minutos iam fazer falta?

A verdade, que eu não gostaria de ver, é que não, não fariam falta! Acontece que o grau de importância é outro! Tocar é mais importante do que saber o porquê a namorada está internada na observação de um hospital …

E isto com todas as coisas … lá, por último, antes de ver se a grama do vizinho cresceu, estou eu!

Minha família anda na mesma. Precisam? Cá estou!

Não precisam? AH! Ela se vira!

Estou, realmente, bem cansada!

Exausta de querer atenção daqueles que amo e não ter nem um afago na cabeça e ainda ter que aguentar os safanões.

Chega! Vão ter que encontrar outra pazza porque esta aqui chegou em seu limite!

Carinho e confiança não se pedem!

E era isto que eu estava pedindo … carinho!

ok! Voltemos a ser como antes! Melhor eles reclamando do que eu me consumindo em tristeza e lágrimas a cada vez que me ignoram ou que me tratam estranhamente.

Vão procurar outra bunda pra ver porque está aqui não está mais na prateleira!

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Viajar ainda? será?

niña

Foram alguns meses de planejamento.

Dias e dias procurando, o que para mim, parecia ter muita importância para os dois.

Passagens compradas há mais de um mês …

O “presente”, milagrosamente, foi entregue pessoalmente na última vez em que J.P. esteve por aqui. E, lógico, só fez diferença pra mim …

Pensei que os dois davam importância a um símbolo que ele mesmo associou a nós mas, por fim, vi que só eu havia guardado o que ele havia dito … ok! já me acostumei a ter memória de elefante e fazer papel de boba com todos …

Agora, nesta semana, depois de me voluntariar para trabalhar nos dois dias de eleição (doente diga-se de passagem!) para conseguir as folgas para o níver, conversando ao telefone, vi que ele não demonstrou nem uma gota de ânimo na minha ida.

Pela primeira vez deixei a estadia por conta dele e nada foi olhado.

Sinceramente, já dei o voucher do jantar, ele pode levar quem quiser …

Acho melhor ir resolver a desistência das passagens e deixar pra lá porque não adianta somente eu querer fazer as coisas acontecerem.

Fazer o pacotinho com o outro presente e caminhar para os correios e no caminho parar na farmácia e comprar um pacote de lencinhos será o melhor a fazer!

Porque eu sempre gosto mais do que devo?

 

domingo, 31 de outubro de 2010

Desabafo

lágrima

Não tem um motivo específico para postar isto, é apenas uma catarse sobre um choro contido fruto de observações de uma criatura que não consegue deixar o seu entorno passar desapercebido …

Certamente não fará muito sentido mas o que importa? Para mim faz!

Sabe aquelas coisas de sexto sentido e sei lá mais o quê? Pois é …

O meu funciona sozinho e mais parece uma parabólica. Juntando pedacinhos aqui e pedacinhos ali estou começando a constatar que, mais uma vez, gosto mais do que devo!

Antes achava que faltavam palavras por timidez ou característica de personalidade mesmo.

Hoje vejo que faltam palavras para mim! Pude ver, com estes olhinhos de jabuticaba, que para várias outras não faltaram palavras nem demonstrações de sentimento.

A frieza doía mas saber que pode ser só comigo está me consumindo!

Sempre fui crente e não sei até que ponto isto é um grande defeito meu! Tomo por base a minha honestidade, a minha franqueza e acabo assim: frustrada!

Escrevendo agora, enquanto uma lágrima percorre este rosto já marcado pelas dores, me dei conta de que a mentira que descobri já era contrária a uma atitude que vivia sendo exaltada, a de que a mulher deve ir atrás.

E, agora a pouco, eu via quantas palavras foram usadas para demonstrar sentimentos por um certo alguém. Não, nada de agora.

Traição não é um traço deste meu desabafo …

Apenas a verdade que me foi desnudada!

E me pego pensando em porque falta para mim o que, para outras, havia de sobra. A resposta verdadeira eu nunca saberei.

Só sei que acabei de “quebrar um cristal”! Dói …

Porque, sempre, me dôo (do verbo doar e eu nem quero verificar se ainda se escreve desta maneira) de mais? Ou melhor, porque só me valorizam quando sou fria e cruel, distante e inexpressiva?

Quando mostro que por trás da carapaça existe um ser que tem sentimentos, que ri e que chora de verdade, que não é, apenas, um tanque de guerra que sempre segue em frente pronto a resgatar aqueles que lhe pedem socorro, o jogo se inverte … e não mais existem palavras de carinho pra mim …

Não consigo nem falar sobre isto! Pensara ser timidez e descubro ser eu o problema …

Das dores que me doeram até hoje, esta é nova! E dói diferente!

Dói acordando o grande dragão de gelo que jazia hibernado dentro de mim …

Desabafos … tentar colocar pra fora aquilo que o corpo já sente …

Tentei …

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Mulher de fases … será?

fases 

Realmente esta viagem me colocou mais interrogações na cabeça do que me deu respostas …

A dor continua doendo, a barriga inchada, e diagnóstico que é bom NADA! Me lembrei do meu digníssimo e amado nono que dizia que o homem tinha que ver sua fragilidade perante Deus (tudo bem! Não eram estas as palavras exatas mas o sentido era bem este … médicos não são deuses por mais que assim pensem alguns … )

Contudo uma coisa foi bem intrigante! Positivamente intrigante eu diria.

Que nunca fui santa qualquer boçal sabe! Mas ouvir de pessoas que te conhecem desde que você nem era gente a espantosa frase “o que está havendo com você? Isto nunca te impediu … “ é bem interessante!

Ok, além de mim e da minha mente inquieta ninguém deve estar entendendo nada. Se bem que vai saber quem é que lê estas mal traçadas linhas …

Ainda na cidade que é meu verdadeiro LAR, tive que deixar a casa de uma amiga e ir pra casa da prima porque haveria uma festa de solteiros …

A princípio fiquei meio indignada com o argumento que foi o seguinte: mulher que está namorando tem uma energia diferente que acaba atraindo os olhares de todos os homens para elas.

Bah! Me economize pelaaaaamor! Se assim fosse as vovozinhas casadas há trocentos anos seriam perseguidas por rapazolas. (ok! a imagem mental agora me fez rir muito …. velhinhas indefesas correndo, como tartarugas de desenho animado, com suas bengalas na mão a fugir dos rapazotes! #nhá)

Por fim, como nunca tive a menor paciência para estas festas de rótulos (festa de solteiro, festa de casado, festa de blás…) acabei nem discutindo e saindo.

Dias depois, quando a festa estava fadada ao insucesso, por não haverem homens solteiros, fui convidada! Tive que rir, não?

O argumento desta vez foi: você liga para seus amigos e os leva!

Hellooooo! Estava há mais de um ano fora da cidade, fora do mercado há bem mais do que isso! Imaginem a cena de “minzinha” pegando a agenda e ligando “oi fulano! tudo bem? lembra de mim? você ainda está solteiro? está barrigudo? está assim? está assado?”…

Me economize parte II: o retorno!!!! Fala sério! Virei o quê?

Ouviram um sonoro não! não faço mais parte deste clube como vocês mesmo disseram … e saí à francesa.

Gosto muito, mas muito mesmo, de quem realizou a festa! E lá haviam duas amigas que torço para que encontrem caras legais, mas de “energia atrativa não bem vinda” para “agenda de telefones ambulante” de um dia para o outro eu acabei vendo que as inseguranças delas estão em níveis altos … (uma delas nem se manifestou nessas frases acima, tenho que ser justa!)

Narrado o fato, volto aos meus amados e sua frase que citei lá em cima. Quando contei o ocorrido eles riram bastante e vieram com a famosa “e desde quando estar namorando te impediu de ir em festas?”.

Fui obrigada a segurar a resposta e pensar nela.

Realmente nunca havia impedido não! Mas desta vez nem chegou a me encher os olhos, ao contrário, me deu uma preguiça …

Falando muito sinceramente, me encheu muito mais os olhos estar em família, ter as meninas Tb. por perto e as pequeninas me paparicando como se eu fosse uma Barbie ruiva (isso mesmo! meu cabelo virou atração! a pequenina soltava e penteava e arrumava sua Barbie ruiva … #nhá) do que ir a qualquer lugar que houvesse paquera e afins …

Saídas a noite? Saía com meus casais prediletos e sentia que faltava alguém … até a música “naquela mesa está faltando ele …” foi a primeira a ser tocada! Ok! Não exageremos!

Foi tocada a música em chorinho e eu em família … caraca! saudade do papi bateu forte pra caramba. Fecha parênteses e vamos em frente!

O resumo desta verborragia toda é que, realmente, algo aqui dentro mudou. Para sorte ou azar do J.P.! Isto só ele pode dizer … rs

Mas que a baladeira adormeceu, adormeceu …

E que a figurinha que vivia de namoricos pra cima e pra baixo quietou, ficou evidente para quem a viu crescer …

Quem disse que as pessoas não mudam? #nhá

Pau que nasce torto pode até morrer torto mas se entortar o ambiente ele acaba ficando certo! Confuso, né? Mas funcionou! =)

Abrindo meu último parênteses fico pensando se agora será J.P. a me fazer sofrer … será? Juro que a história da mentira, por vezes, martela minha cachola com a frase da mamãe de que “quem mente sente a necessidade de esconder algo que vai de encontro com aquilo que quer que os outros pensem a seu respeito …” . Fecha parênteses e vambora ver o que a vida reserva!

 

Porque não?

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Em razão de uma dor, incomensurável, que me acomete há mais de um mês, fui procurar àqueles em quem sempre confiei.

Percebi, duramente, que o tempo passou rápido demais. Não para eles e sim para mim.

Não vou ficar falando e reclamando sobre a dor porque acho que meu corpo está refletindo, apenas, a minha insatisfação comigo mesma e com a “falta de escolhas” que acabaram me tornando um camaleão adaptável a qualquer meio …

Estando no cotidiano com os dois pude ratificar o que sempre me disseram: você é igual à L.!

Sim! Em todos os aspectos, pude ter certeza. Na maneira de lidar com o outro, o corpo que nem se fala de tão igual e no jeito de levar a vida.

Nossos pais, também, eram irritantemente semelhantes apesar de não serem consaguíneos.

No entanto, um abismo me separa dela!

Isto doeu ao ser visto!

Doeu, entre várias razões, por ver como eu poderia ter tido a opção de fazer escolhas na minha vida, se as escolhas do meu pai tivessem sido um pouco mais parecidas com as do dela no quesito saúde.

Ficou doloroso, ainda mais, voltar pro mundinho a que me recolhi.

Me sinto super feliz por ver que ela conseguiu chegar onde planejava em todos os sentidos. Mas me senti mais camaleão ainda por ver que não posso mais fazer parte do mundo que outrora fora meu e que, realmente, nunca vou me encaixar neste mundo de contenções em que me encontro.

Agora, além de ser “apátrida” (poxa! podiam inventar uma palavra pra quem não tem estado definido para que eu pudesse parar de empregar incorretamente este vocábulo! humpf!), não sei se consigo mais ser o camaleão adaptável a todas as agruras que me ocorreram na vida …

Percebi que o tempo passou. Eu sempre tive que correr atrás daquilo que me foi tirado e, ainda, pagar o prejuízo deixado por terceiros.

Hoje não quero mais correr atrás.

Apatia? Não! Isto era típico do camaleão que dizia “não vou reclamar porque ainda tenho X, Y ou Z!”.

Resignação? Não! Isto era dessa última figura que havia se instalado em mim …

Revolta? Talvez! Fez parte da adolescência e naquela época eu me movi para ter o direito de escolha. Quem sabe, de uma maneira mais inteligente e madura, não possa ser re-utilizada para que haja uma compensação de prejuízos agora?

Fato é que, conversando com J.P. ontem sobre um assunto completamente diferente, acabei citando o saudoso Chico Xavier que quando era interpelado com “Mas porque eu, Chico?” respondia, serenamente, “E porque não?” …

E ficou no ar a pergunta: “Porque não eu?”

Exatamente ao contrário do sentido usado pelo Chico.

Porque não eu a ter o direito de escolha?

Porque não eu poder voltar ao padrão que sempre foi meu?

Porque não eu?

(uma coisa é certa! sempre há uma lição a ser tirada. E sempre me dão estes estalos quando encontro minha amadinha … mal sabe ela o tanto que me faz bem … )

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Livre Arbítrio

liberdade

Ainda não encontrei nada mais difícil do que a liberdade.

Todos desejamos tê-la, mas uma vez em nossas mãos não sabemos como agir.

Por óbvio não falo em unanimidade porque desacredito deste evento.

Mas em simples fatos da vida conseguimos ver como o ser humano não está apto a ter liberdade. Se vamos comprar um sapato e só tem preto, sorrimos, verificamos se tem nosso número e voilá! Mais um pisante no armário.

Experimente colocar cores e texturas em um mesmo modelo! Aquilo que, a princípio, era um prazer começa a virar uma tortura agonizante. “Qual é mais bonito?” “Será que vou me arrepender?” “Ainda estará na moda?” … e o relógio anda e as dúvidas aumentam. Tudo isto porque foi dada liberdade de escolha!

Engana-se quem, ao ler este texto, tende a acreditar que sou contra a liberdade. Exatamente o oposto.

Somos feitos das nossas escolhas!

Percebo, com meus humildes olhos de expectadora deste maravilhoso fenômeno “vida terrena”, o quanto estamos despreparados para fazer escolhas.

A liberdade é a maior forma de prisão que existe!

Se você prende um animal à uma coleira todos os dias e de repente o solta, ele fica atônito querendo tudo ao mesmo tempo e sem saber o que escolher…

Hoje tive a oportunidade de exercer meu livre arbítrio, meu poder de escolha, minha liberdade …

E por um ínfimo detalhe eu não escolhi um caminho que me faria estar arrependida neste momento.

Foi então que me dei conta de como exige responsabilidade comigo e com os outros o exercício do meu livre arbítrio. Eu posso escolher!

Sempre há uma escolha! E elas existem para que possamos crescer, para que surjam oportunidades onde possamos ampliar nossas experiências, rever nossos conceitos e, principalmente, respirar fundo e conseguir olhar para trás e não repetir, incessantemente, os mesmos erros!

Liberdade! Que sejamos capazes de nos libertar, diariamente, desta prisão interior!

Liberta Quae Sera Tamen!